terça-feira, 24 de julho de 2018

até o dia que fui morar sozinha

NIKI, EU MORO SOZINHA AGORA. Não, minto, agora, agora mesmo, eu moro com a Mary, mas uns 10 dias atrás eu estava morando sozinha e... É DESESPERADOR! Morar sozinha é uma PALHAÇADA. Você ver neguinho o tempo todo fazendo textão sobre as delícias de morar sozinho e eu só consigo pensar "Rico! Que come fora, que tem empregada, que é no problem..."
Na minha vida real, a casa não se arruma sozinha, eu não tenho mamãe para ajudar nos afazeres, os pratos não se lavam. VOCÊ TEM QUE COZINHAR PARA COMER! - Gente, odeio cozinhar, tá?! - E eu só consigo pensar em minha mãe.. QUEM NÃO GOSTA DA COMIDA DE MÃE? Do sabor, do carinho, do cuidado.. Morar com mãe é maravilhoso! Mas, né, escolhi a sociedade, entrei na noía dos textões, quis mesmo viver a adrenalina da vida e fazer O CORRE. Claro que eu preciso dizer que rola vários GAME OVER, a vida não te considera em nada, você vira aquela pessoa que vibra quando compra o assento do vaso sanitário, e chora quando a maquina de lavar chega. E sendo mulher, mãe solteira, suburbana - estatística pura -, tendo que me virar com as contas do mês, I'M SORRY, EU SINTO FALTA DE MINHA MÃE SIM. Não sou boa de demonstrar isso muito bem, mas é a verdade.
A vida adulta é um corre puro, lugar que filho chora é mãe não ver, altamente agressiva. E se você não souber jogar, vai acabar fazendo o que fiz em um dia desses de picos e surras da vida, apareci, despretensiosamente, no meu antigo quarto e chorei de soluçar. Naquele dia eu entendi que eu também odiava ficar em casa, até o dia que fui morar sozinha.

domingo, 22 de julho de 2018

Harbor - Nova Temporada

Hoje

Eu estava de novo no mar. Diferente das outras vezes, eu sentir o sal invadi os meus pulmões, e, mesmo que quisesse, não conseguiria sobreviver a isso.


Na temporada anterior..
Limite - Seasion Finale 

Olhar aquele buraco cheio de lama há meses não me fazia mais bem. I'm loser. Mesmo sobrevivendo, eu perdi. E essa conclusão não é sobre O Sabotador, ou sobre A Vida, ou sobre O Tempo, é sobre TUDO
Eu demoli a única referência de lar que eu tinha. Não tinha mais a ver com o quarto dos horrores, ou do calafrio que aquele corredor me trazia, tinha a ver com amarras, mudanças, choices.. 
E lá fui eu, levantei minha bunda da cadeira e demoli, sem pensar 2x, aquela casa. Jurei para mim mesma que construiria algo solido ali, mas, 9 meses se passaram, e eu só consigo sentir o cheiro da lama. Eu não tenho forças para construir nada, eu brinquei de fugir de mim para tentar me encontrar e, olha só, eu não gostei do que encontrei. 


Eu sou uma leprosa. Cheia de feridas abertas, que toma banho de lama para deixar os vermes entrar nas feridas e se lambuzar nelas. Eu sou feia pra caralho. Imunda e sem valor nenhum. "É o seu Id" disse a Musa. E olha-la, me fez lembrar de como conseguir separar os polos entre o bem e o mal, o quanto me aprofundei no Id e transformei-a no melhor de mim. Muito mais bonita, muito mais limpa, muito mais strong
E após me ver tantas vezes naquela lama, sair desprentensiosamente, liguei o rádio, e dele ouvir uma voz que dizia que veio me salvar, que eu precisava sair dali, precisava me mudar, ir para o interior, viver perto da Musa, curar as feridas, essas, que só eu sei, disse que ali sempre será o meu lar, mesmo quando não parecesse ser, eu só não estava pronta para construir nada ali, não agora, que eu só precisava sair dali e ir descobrir o que eu sei. 

8 dias atrás 
(Temporada Atual) 

Arrumei minhas coisas e deixei aquelas terras sem olhar pra trás. "Limite" tinha escrito em uma placa sinalizando que eu estava saindo das minhas terras. Eu já fiz esse tipo de jornada, já visitei o inferno, atravessei desertos e até no purgatório já passei e eu não vou mais passar em nenhum desses lugares. A diferença das outras vezes para agora e que eu sempre voltava, sempre alguma coisa me levava ao ponto de partida ou naquele lugar mal resolvido. NO, IS OVER! Nessa nova jornada, eu não aceito mais, não quero remoer o passado ou achar que mereço reviver essas coisas, NO, IS OVER! Hoje eu quero distancia de tudo que me leve de volta, quero mesmo resolver as coisas aqui dentro, quero construir uma nova casa, quero viver perto de mim. 

Enquanto caminhava na estrada de terra, observava o dia ensolarado, refletia em minhas escolhas e caminhos até aqui, e agradeci pelas experiencias e conhecimentos que eram meus e de mais ninguém. 
O dia mudou, o céu ficou nublado e um vento forte fez as árvores balançarem. "Qual é?! Vai chover?" Pensei. O vento ficou mais forte e gélido, o céu não estava mais azul, ele estava completamente escuro. "Eu sei o que é isso!" e logo depois de pensar, senti um calafrio, que começou dos meus pés até os fios do meu cabelo, quando olhei para frente um feixe de luz foi crescendo e se abriu, de lá saiu o último ser que eu queria ver na terra.  

S: Olha só, parece que alguém cresceu. - Disse O Sabotador me observando - Com esse mesmo olhar.. Ele não muda.. É igual de quando você nasceu... 
L: O que você faz aqui? O que quer comigo? - Disse olhando ao redor e buscando uma saída. 
S: Lara, como foi está na lama? Como ver aquela casa ser demolida diante dos seus olhos? Como é ser uma perdedora? - Nesse momento senti o sarcasmo da sua voz entrar no meu peito. 
L: Eu escolhi isso tudo, eu quis demoli a casa, quis começar do zero.. - Disse sentindo meu coração gela. 
S: Você está tão cega que não ver. Ele te abandonou, Lara. Ele não estava com você durante esse processo. - Disse O Sabotador chegando mais perto - Ele deixou o caminho aberto para muitas coisas, principalmente, para você se perder. 
L: Sério?! Essa é sua melhor jogada? Me colocar contra O Cara da Roda Gigante? Fazer eu acreditar que ele me abandonou? Sério mesmo?! Você já foi melhor... - Disse, sentindo o meu sangue ficar frio e percorrer o meu corpo. 
S: Não, eu vou te mostrar.. - Ele levantou a mão direita e fiquei mais fria, dei um passo para trás e um vapor frio começou a sair da minha boca, minha voz não saia mais - Eu sinto seu coração, Lara, mesmo tendo rumores que só ele sonda os corações, eu cheguei até o seu, você está fraca, sem relação alguma com ele, está perdida! - Eu cai, tentei levantar, mas não conseguir. Meus olhos começaram a fechar e, cada vez que tentava abrir, escamas cobriam eles. - Você não tem a força que tinha, nem o poder, todos te abandonaram e o que restou?! A sua alma que será minh... - Ouvi um barulho e O Sabotador caiu do meu lado, as escamas começaram a sumir dos meus olhos. - Como ousa? - O Sabotador gritou para alguém que não conseguia enxergar - Sua puta! O que faz aqui? - O Sabotador gritou mais uma vez. 
D: Ela não está sozinha, nunca vai está. - Ouvi a voz reconhecível de uma mulher. A voz era a mesma, mas sem a energia de sempre - Todos temos acordos, pode, por favor, cumprir o seu? - Disse a mulher. 
L: Você! Eu sei quem você é, Meu Deus! Desiré? O que você faz aqui? - Falei apontando e tirando o resto de escamas dos meus olhos. 
D: Não me pergunte como eu cheguei até aqui, vá embora daqui! - Desiré gritou enquanto O Sabotador levantava. 
L: Não! O quê?! O que está acontecendo? - Disse chegando perto de Desiré e a observando. Ela estava tão linda, ela era uma das minhas melhores amigas, a única que conseguia transitar em todos os mundos, pois tinha o poder de entrar na cabeça de todo ser masculino. Corri e fui abraça-la - Que saudades sua, o que é isso na sua mão? - Falei apontando para um cetro banhado de ouro. 
D: É de um Príncipe das Trevas, um que conheci - Ela falou revirando os olhos - Ouvir eles falarem que O Sabotador estava aqui para te levar... 
S: E eu vou levar! - O Sabotador falou tonto e vindo na nossa direção - Desiré, você é uma vadia, sabe que você também vem comigo, não é? 
D: Tome! - Desiré me deu um frasco - Beba! Pense em um lugar, beba, que você chegara lá, só isso. - Desiré falou abrindo o frasco e fechando meus olhos. 
L: O que é isso? - Falei apontando para o frasco. O Sabotador jogou algum feitiço em nós, mas ela fez desviar com o cetro 
D: Você não é bruxa que consegue pensar em um lugar e aparatar, para se teletransporta precisa de uma ajudinha... - Desiré falou me fazendo beber o liquido do frasco - Pense em um lugar, rápido... - Ela colocou as mãos nos meus olhos e já não a senti mais. 

Ao abrir meus olhos estava em um lugar que sabia exatamente onde era, mas não fazia ideia o porquê de minha mente me trazer aqui. Eu vi o mar, a areia da praia e aquele Porto, que havia escolhido abandonar. 


 Continua...

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Closer to Heaven - Season Finale


Eu jurava que, em "Closer to Heaven", eu me tornaria evangélica. Não sei se pelo nome da temporada, ou até mesmo pela relação que estava vivendo com O Cara da Roda Gigante, ou sei lá, por ter sublimado mesmo que estaria em outros projetos e isso me levaria a me aproximar de Deus, não sei, não faço ideia do motivo dessa ideia, mas sei que foi silogismo e whatever, hoje não importa mais. 
Closer to Heaven não tem nada a ver com O Cara da Roda Gigante, não tem a ver com os deuses que vermos por aí, fala de um único Deus, um Deus que você se relaciona todos os dias, que você não sabe que ele existe, mas ele está aí, bem aí dentro. 
Eu passei tanto tempo sendo porto, cuidando de gente, fazendo o que fui programada para fazer, o que aprendi fazer, o que amo fazer: Mergulhar nas pessoas. Ter aquele cuidado de ver cada um individualmente, sem se satisfazer com o raso, eu sempre quis mais, quis mergulhar, conhece-las no profundo, no intimo, andar por terras que ninguém passeia e viver sua historia. Motivar o seu Deus, te mostrar que ele existe e te ensinar a acreditar nele... E fui seguindo. Mergulhando em muitas pessoas, me reconhecendo em outras, escutando mais do que se falava, fazendo moradas em outros lugares, construindo pontes e invadindo corações.
Em Closer to Heaven, eu me vi em frente a um oceano, frio, negro. Sua água não era transparente, e, tampouco, vistosas, e, diferente de tudo que já vivi, tive receio, medo daquele oceano. Me arrepiava todas as vezes que colocava a ponta dos pés. Esse oceano eu não tinha curiosidade e nem me animava em mergulhar. Nunca havia passado por isso. 
Todos os dias, parava na frende dele. Olhava o horizonte, e parada com os pés na água, olhava para o fundo e não conseguia ver nada, e tirava os pés mais uma vez, e sentia o frio... Aquele oceano não me atraía. 
Enquanto isso, comecei a terapia, mudei de cargo na empresa, perdi todas as muletas e fui aprendendo a ter força. Aprendi a compatilhar coisas com uma estranha. Percebi, logo de cara, o quanto ela podia me ajudar e me permiti. Falei de meu pai, do Zé, do novo amor que me tiraria do prumo, fui me percebendo e me descobrindo, e adivinha só, estava lá eu de novo, de frente para o oceano, e foi nesse momento, quando vi que aquele era o meu oceano, que eu nunca, JAMAIS, me dei o trabalho de mergulhar, entendi que "Closer to Heaven" tratavasse do meu autoconhecimento, da minha aceitação e que, enquanto eu ficasse no raso da minha vida, como fiz nos últimos 30 anos, eu não saberia quem eu era, quem poderia ser ou onde chegaria. Foi quando abrir meus olhos, entrei na aguá gelada do meu oceano, esperei chegar água até meus ombros, e, mesmo sem enxergar nada, mesmo com muito receio, mergulhei e comecei a nadar. 
O maior choque é que, mesmo com toda aquela água preta, que não me deixava ver o fundo do mar, ao mergulhar, descobri que lá em baixo o mar é limpo e tão lindo, cheio de peixes incríveis e extraordinário, cheio de amor, felicidade e paz, que me questionei o porquê da água tão suja e ouvir uma voz me dizer que "era como você se via.." 
Fiquei encantada de mergulhar em mim, em descobri que existe algo bonito aqui dentro, e como eu hoje percebo aqueles olhos de admiração que passei anos bloqueado, sem nunca ter notado. Vi um filme acontecer naquele oceano, e no fim dos corais, vi uma coisa inusitada, a casa da minha infancia, aquela que minha avó morou e que passei maior parte do tempo enquanto meus pais trabalhavam. 
Me aproximei da casa, a porta estava entreaberta, ao abri-la, vi as cartas no chão, entrei e vi a bagunça no lugar. A casa estava desarrumada e com pilhas de coisas espalhadas em todos os lugares. Vi minhas agendas, de todos os anos da minha vida até ali, em cima da mesa, cheguei mais perto e vi uma agenda que nunca tinha visto e com aparencia de nova, ao folhea-la vi que só tinha a seguinte frase na primeira página: 

Cleaning the house.


 Na Próxima Temporada de Larissa Diaries... 

PS: Dei, dei mesmo e daria de novo.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

O dia que decidi parar de comer brigadeiro


Três meses sem vim aqui e minha maior preocupação do momento é: ESTÁ TUDO BEM COM VOCÊS, QUERIDOS??? EU ESPERO, DE VERDADE, QUE ESTEJA TUDO BEM COM VOCÊS! 
Três meses e eu não sei nem como descreve-los, somente senti-los, todos os dias, um dia de cada vez. 
Niki, o grande BUM mesmo para deixar de escrever é tempo. EU ANDO TRABALHANDO COMO UMA ESCRAVA e, adivinhem só, EU ESTOU AMANDO MUITO O QUE ANDO FAZENDO. Eu não sei se é o lance todo de gerir pessoas, ou a adrenalina da operação, ou até mesmo, o estresse que me faz esquecer de comer, eu sei que ando me sentindo VIVA PRA CARALHO, nesse lado da minha vida. 
Sobre todos os outros lados, bom, esse são tratados na terapia, que foi a melhor coisa que já fiz na minha vida inteira. TERAPIA É VIDA CARALHO. 
Eu aprendo tanto com Tia Terapeuta que a vejo como uma Musa, uma Deusa, UMA DIVA!  
É sério, tudo começou com o lance de "você é responsável por tudo que acontecer na sua vida", depois o lance todo de QUE, TALVEZ, POSSIVELMENTE, EU QUEIRA VIVER UM AMOR - E eu acho bacana falar isso aqui, porque eu nunca nem conseguia falar sobre isso para minha melhor amiga, então, confessar publicamente, que talvez, possivelmente, eu queira alguém, é algo lindo AND admirável -, e logo depois, o lance dos brigadeiros, e foi aí que me encantei E QUERO ESSA MULHER NA MINHA VIDA PARA SEMPRE
Então que eu tava tirada a fodona, achando que sabia tudo sobre a vida, quando Tia Terapeuta aparece e diz "Olha só, você não sabe não, você nem se conhece.." e eu fiquei com cara de "QUÊ??? COMO ASSIM???" e ela trouxe todo uma contextualização de como eu sou muito boa em montar planos, decido tudo lindo, e na hora de coloca-los em prática, eu simplesmente surto, porque eu não sei como fazer porrãh nenhuma e todo aquele lance de mentir para mim mesma e tal. Mas Lara, como assim? Assim ó: Votei aqui e decidi que não quero ficar com uma pessoa, blz? Blz! Então eu monto o plano todo, digo que não vou falar mais com a pessoa, finjo que estou de boa quanto a isso, e quando e vejo a pessoa, eu surto, porque gosto pra caralho da pessoa, e não quero deixar de ficar com ela, mas minha mente diz que não devo continuar por qualquer motivo que seja, ai choro que nem maluca, entro em conflitos existenciais e se caso eu "peque", e fique com a pessoa, ainda me culpo e me julgo mesmo como se tivesse matado alguém. UFA! Deu para entender a neura? E aí, Tia Terapeuta, como uma gata, conta a historia dos brigadeiros para mim, que é assim: Você percebe, por algum motivo, pode ser saúde ou estética mesmo, que precisa fazer dieta. Só que você é a louca de pedra dos brigadeiros, ama de verdade, e aí, sem perceber, porque entrou de dieta, vive dizendo para você mesmo que odeia brigadeiro, afinal, bigadeiro e dieta não tem nada a ver, você agora odeia brigadeiro e não quer comer nunca mais na vida. Até aqui ok? Tão conseguindo acompanhar?? Belezinha, vou continuar: Só que um belo dia, você se depara com uma bandeja linda de brigadeiros, é de duas uma: 

A) Você surta ao perceber que ama mesmo brigadeiro e chora, afinal, você acreditava mesmo que não amava o brigadeiro; 
B) Você surta ao perceber que ama brigadeiro e come a bandeja toda desesperadamente como uma morta de fome. 

Nenhuma das duas situações são saudáveis. Elas provam que você não se conhece, não sabe seus limites e chega ao ponto de se agredir, até porque, comer um brigadeiro uma vez na vida, não tem problema nenhum, ou melhor, sentar e comer uma bandeja de brigadeiros, mesmo estando na dieta, e enfiar o pé na jaca é de boa, E EU VOU ALÉM, fazer dieta, tendo consciência que ama brigadeiro, e não come, porque, naquele momento, não vai ser bacana pra sua dieta, mesmo que doa, que você sinta, mas ainda sim, não come, porque não vai ser legal, e você aprende a ver seus limites e suas prioridades, É MELHOR AINDA!
Tá vendo, gente?! Como eu sou uma pessoa que estou em um processo lindo de autoconhecimento??! E o mais bacana disso tudo é que escolhi mesmo não ficar mais com ele, mesmo sabendo que gosto, que vou senti, que dói, mas acima de tudo, que eu preciso cuidar de mim e se não vai agregar em nada, é melhor cair fora mesmo. E foi depois da contextualização da Tia que entrei na dieta e decidi parar de comer brigadeiro.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Diário de Terapia: Propósito x Promessa




“O que você falou, na semana passada, não saiu da minha cabeça. E eu preciso me justificar. Existe uma diferença muito grande entre propósito e promessa. Propósito você paga para depois receber. Já promessa você recebe depois paga. Eu tenho feito propósitos por algo maior, eu perco agora, para ganhar lá na frente. Não é barganha, eu realmente nunca vi assim e já sinto a diferença da minha vida após os propósitos...” 






No final da sessão anterior, Tia terapeuta jogou na minha cara que eu andava barganhando com Deus. Passei a semana inteira pensando nisso. Na verdade, eu surtei mesmo. Pesquisei coisas, fui buscar na palavra, e vejam só, PARECE QUE EU ANDO BARGANHANDO MESMO. De novo, é preciso deixar registrado que nunca foi minha intenção
A verdade mesmo é que eu não conseguia mais sozinha e em um ato de desespero, joguei para o universo. Vamu lá, gente! Todos os propósitos que eu fiz foram pela minha vida, pra ver se ela dava uma melhorada e... MELHOROU, TÁ?! Talvez eu tenha feito algo errado, mas eu não sabia que era errado ou que eu estava barganhando de alguma forma. Eu sei que me sinto uma pessoa melhor, espiritualmente falando, acredito que consigo ter um controle sobre mim maior do que antes e até emagreci nessa coisa de tirar o pão e o refrigerante - Só não aconselho tirar a masturbação e o celular, por que aí vocês podem mesmo surtar, como eu surtei. -.
O que eu quero dizer é: Pra mim deu certo. Mesmo parecendo errado, barganha e afins. 
Ainda falta uma semana para terminar e eu planeja mesmo passar o ano inteiro assim, mas não quero deixar o Cara da Roda Gigante zangado, vou terminar esse e seguir em frente, tentarei não fazer mais propósito nenhum, mas é bom deixar claro que eu ainda estou tentando. Dessa vez, diferente dos outros anos, minha vida VAI ou VAI.
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