sábado, 18 de julho de 2015

Minha Culpa

Hoje foi um daqueles dias que todas as minhas suposições foram confirmada: Sim, eu estou apenas existindo. Eu ando me surpreendendo comigo mesma, não tenho mais o gás de antes, a vontade de antes, me acomodei muito e literalmente estou vendo a vida passar. Eu perdi a mão, pedi a minha linha, não que eu não saiba que eu sou, eu sei, e é horrível ser eu, eu sou boba, ingênua, atraio as piores coisas para minha vida e as minhas escolhas nunca são a certas, sou burra, limitada, e cheguei a um nível, de tudo bem, me aceito como eu sou, mas quem eu sou não vai para lugar nenhum. Eu literalmente entrei na lista dos escritores fracassados, ao ponto de desisti disso, o que adianta tanta criatividade, se ninguém nunca vai vê-la? E quem ver, gargalha mostrando que sou mais uma louca sonhadora que não vai pra lugar nenhum, na verdade a palavra não é sonhadora, é maluca mesmo, as pessoas me acham uma louca de pedra por eu acreditar, que sei lá, talvez um dia eu consiga roteirizar um seriado e que eu seja reconhecida pelo meu trabalho. As criticas doem, machuca, todas elas. E o pior é as vezes perceber que a maioria das pessoas tem razão, de como eu sou mesmo um fracasso, falando nisso, quem tava torcendo ai pra eu não terminar minha faculdade, você também ganhou, eu ouvir desde o primeiro dia que não iria conseguir, e não conseguir, e não foi culpa de ninguém, a culpa é minha, total, tudo, minha vida financeira completamente desequilibrada é o que eu sou, minha culpa, a minha vida pessoal, ser a pior filha do mundo por não acreditar, nem respeitar muitas vezes, a ideologia da minha mãe, como é difícil ser ex mulher de Zé que fica no meu cangote como um cão raivoso, me cobrando e cobrando, como é horrível não ter ninguém, e sim, isso também é minha culpa, porque eu tenho aquele sensor de proximidade e acabo afastando todo mundo de mim, e eu sou chata mesmo, e nessa brincadeira já se vão 10 meses sem sexo, sem tato, sem cheiro, e as vezes faço a louca no ônibus, chorando de soluçar porque não é mais o sexo, sabe? É o contato, é gente nova, é outra pessoa, e o programa de sábado, é o telefonema da noite perguntando sobre o dia, é um montão de coisa, na minha vida é sempre um montão de coisa, e quem me ver de longe, aquela garota que geri pessoas, com ar que a vida é completamente linda AND perfeita, que sempre está de bom humor e com um conselho infalível para seus problemas, é a mesma que chora todos os dias no travesseiro ao som 'Emotion', me vendo dentro de um tanque d'água, que não luta mais pra quebrar-lo, mas que só observa a água subir, e subir.. 

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Goodbye Frozen

Para ler ouvindo  Times Like These - Foo Figters

Julho, Agosto e Setembro de 2014 foi de longe os piores e melhores meses do ano. Foi a temporada Frozen, do inverno congelante, ambientada em uma terra distante, que mesmo no sertão da Bahia, tive a oportunidade de brincar na neve, de encontra o melhor amigo que alguém pode ter, do amor sem julgamentos, aqueles que os oposto se distraem, e se atraem, se refaz, aprende e desaprende, onde tive inimigas decretadas e 13 lindas e encantadoras mulheres pra educar profissionalmente. Frozen começa assim, uma viagem de trabalho, com 2 caras que não me conhecia, só me imaginava, me criando dentro dos seus próprios mapas, uma pessoa que não sou, que nunca fui, ou sou ou fui, vai saber.. Na primeira noite descobrir segredos imagináveis, e naquele momento, o cara que nas outras temporadas ganhava 50,00 reais como figurante para fazer algumas participações, assumia seu papel de coadjuvante, personagem que me daria a mão, que estaria do meu lado em todas as situações importantes dessa temporada e que se tornaria meu leal amigo: Walter White. Do outro lado temos o já conhecido aqui nesse blog: Petyr Baelish. E começou a temporada, 40 dias de implantação de um site, muito macarrão ao vivo, vinho, quartos trocados, e de brincar na neve. Foi a temporada que mais me sentir viva em todas as áreas da minha vida, e ali eu vive todas experiencias de uma historia de amor, daquelas que começa com um cigarro e vocês terminam dormindo de conchinha na cama um do outro, de sorvetes no fim da tarde, de beijos estalados quando ninguém estava olhando, de passar 10 dias fazendo amor e no outro dia não querer ir embora correndo pra casa, na verdade, é querer ficar na cama o dia inteiro sentindo os nossos cheiros embaralhados, e dessa relação começar os nossos clichês de namorados, aquelas historias que só a gente vai entender, como a velocidade da luz, como a pior propaganda de inglês já produzida na vida, da historia do menino que cantava mais morava na rua e passava fome, acredito que foi naquele dia, dessa historia do menino, que Petyr me ganhou, lembro que naquela noite, desci desesperada para o meu quarto, e fiz um vídeo pra minha melhor amiga - ainda tenho esse vídeo - contando como eu estava bem, feliz e que por incrível que pareça, tinha encontrado o amor novamente, não, naquela noite eu tinha encontrado o cara que me daria todos os laboratórios possíveis para eu escrever um dos personagens do meu livro, o cara que seria uma das poucas pessoas que acreditaram em mim.. E essa temporada teve uma historia de amor, com direito a tudo, coisas boas e ruins, o mesmo cara que me explicava a diferença de Star Wars e Star Trek, era o cara que mentia e traia minha lealdade saindo com outras pessoas, o mesmo cara que queria que eu explicasse todos os capítulos do meu livro, era o mesmo que mentia para os outros quando era questionado se estávamos juntos, o cara que ouvia música comigo todas as noites, foi o mesmo que dizia que estava muito mal com o processo de separação, e que não podia falar comigo porque não queria me expor, quando ele na verdade estava passando o final de semana com a nova namorada, o cara que me ignorou e fingiu que não me conhecia, o cara que chorou quando descobrir toda a verdade dizendo que não era pra vê-lo daquela forma, mas eu só conseguir vê-lo daquela forma.. A temporada acabou, trouxe Walter pra minha vida como 'o melhor amigo que alguém pode ter', principalmente por está do meu lado quando eu sentia de novo aquela dor no braço, que diz: Pateta, você caiu de novo, mais um mal caráter pra sua lista! E Petyr entrou na lista, voltou pra casa com a ex mulher que nunca foi ex, e não nos falamos mais, eu cheia de ódio e raiva, tinha que olhar pra cara dele todos os dias, afinal trabalhávamos no mesmo setor, e eu achava um absurdo como uma pessoa que não agregava nada no setor, continuava ali, como um parasita, torci muitas vezes para o desligamento dele, a presença dele me incomodava, me deixava desconfortável, como um dementador sugando minha felicidade. Então passou-se um ano, e aquela mágoa, sei lá, já não estava ali, e eu de verdade nem sabia mais o que sentia, se era pena, por ver que um grande amigo que tinha um enorme potencial, estava ali, se perdendo, outras vezes lembrava de como era nossa relação antes dessa viagem e de como tanta coisa se perdeu, hoje, quando vir Petyr indo embora pra sempre, ouvir sua música preferida tocando baixinho na minha cabeça e a única coisa que me perguntava era: "Porque nunca tiramos aquela foto no terraço do hotel? Porque sempre, todos os dias, all time, falávamos que íamos tira essa bendita foto e nunca tiramos?? Hoje, vendo ele ir embora pra sempre, eu percebi que o que realmente fica não é mágoa ou o rancor, e sim o refrão da sua música preferida martelando na minha cabeça e o goodbye da temporada Frozen. 

"It's times like these you learn to live again 
It's times like these you give and give again 
It's times like these you learn to love again
It's times like these time and time again" 

"Em tempos assim, você aprende a viver de novo 
Em tempos assim, você se entrega e entrega de novo 
Em tempos assim, você aprende a amar de novo 
Tempos assim vivem se repetindo"

quarta-feira, 15 de julho de 2015

#FATO




"Eu me sinto burra por está aqui, e burra em pensar que isso não estragaria minha vida e que ficaria tudo bem. E não estou sobrevivendo, só estou existindo..." 


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