“Oi, é bom estar aqui de novo... O episódio de hoje se chama dores inúteis. Umas três semanas atrás eu assisti um seriado, House of Cards, que o personagem principal começa com um discurso sobre existe dois tipos de dores; as dores de crescimento e as dores inúteis. As dores de crescimento, são dores que aprendemos algo, que agregam de alguma forma nas nossas vidas. As dores inúteis não servem de nada, você vai sofrer, mas não adianta nada, nada vai mudar por causa do seu sofrimento. É como se fosse dois trabalhos, sabe?! Sentir a dor e passar pela situação. Eu estou sentindo dores inúteis...”
Esse foi o textão que passei a segunda-feira inteira ensaiando para falar com a Tia Terapeuta. Isso mesmo, eu.fiquei.ensaiando.textão.para.falar.com.Tia.Terapeuta. QUE PONTO CHEGAMOS! O objetivo era não assustar ela e não parecer tão maluca, já que era a segunda sessão, mas né, depois comecei a chorar, e bom, fiz a maluca.
Março começou e a sensação que eu tenho é que ele me jogou pra cima e eu ainda estou caindo. É a jogada do Cara da Roda Gigante e, logo no primeiro dia, ele já comeu 1 peão. Depois, tirou mais um, e após 15 dias, ELE AINDA TIRA PEÕES, sucessivamente, sem se preocupar como eu ficaria emocionalmente, como ficaria meu jogo, ele só quer “limpar o templo” e tá limpando! E aí que entra esse lance de dores inúteis; eu perdi peões, eu ainda estou caindo e a jogada dele ainda está acontecendo. Vai adiantar eu chorar, espernear, implorar pelos peões??? Não. Os peões foram seguir suas vidas e eu ainda continuo aqui, com aquela sensação de abandono, tentando me equilibrar sem muletas, VIVENDO A ADRENALINA DA VIDA.
E olha, tem mais, tá?! É engraçado como eu invento umas paradas muito locas pra minha vida, né?! Eu não paro, me jogo mesmo nas loucuras da minha cabecinha. Tipo, pra vocês entenderam do que eu estou falando, então que quando eu tava lá no purgatório, numa atitude desesperada para sair de lá, e vendo que, de verdade, eu não conseguiria mesmo sozinha, eu comecei a fazer vários propósitos - Lê-se eu tiro coisas, que eu gosto muito, como pão, cigarros, masturbação, celular... e abro um jejum, para o Cara da Roda Gigante resolver essas questões que eu não consigo sozinha. LOUCA, NÉ NON?! - afim de, sei lá, os milagres acontecerem, e eu já tenho uns três meses nessa - Nesse momento estou em jejum de celular e eu tenho vontade de morrer -, e coisas locas tem acontecido, porque acima de tudo eu creio mesmo em milagres e... Esse é o momento que vocês me chamam de loca, que acham eu devo parar de usar ervinhas, e que tem certeza que minha psicóloga vai ter muito trabalho comigo, mas talvez só seja meu jeito de tentar consertar essa vidinha aqui, e ao invés de sentar na varanda como fiz em Waking Up, eu só queira me posicionar e tomar uma atitude, afinal, DESISTI JAMAIS, NÉ NON??!
2 comentários :
Muito bom, cara!
Você escreve muito bem!
Consigo imaginar como você se sente e sentir o que você quer passar.
"Vai nessa tua força"!
"O escape, o descanso, a cura, a recompensa vem, sem demora."
¡Te quiero!
Passados muitos anos, eis que retorno aqui e olha como vc está!!! Crescida, linda, madura (ou não!!! kkkk) e escrevendo super bem!!! Sua vida ainda é um filme do Almodovar, graças a deus, ou não teria emoção alguma! Fiquei muito feliz em ver que continua a postar. Os anos de Atitude me deram saudades, voltei a escrever descompromissadamente, mas sobre vinhos. Não sei se vc curte. Vou deixar meus dados, se quiser acompanhar. Mas vou deixar meus dados pessoais também. Estou resgatando meu feed do Atitude. Ele vai permanecer fechado. Bjs!!!
Parabéns!!!
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